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10 de março de 2010

Alice, por Tim Burton


Caros amigos e leitores do Queda Livre,

Antes de mais nada, gostaria de dizer que cinema é uma das minhas muitas paixões e, por conta disso, talvez grande parte de minhas postagens estejam relacionadas a este tema.
Estou aqui hoje para falar um pouco sobre o novo filme do renomado, e um dos meus preferidos, diretor de cinema, Tim Burton. Como todos já devem saber, o novo trabalho do mestre é nada mais nada menos do que uma nova versão, e em 3D do misterioso e complexo Alice, no país das maravilhas de Lewis Carroll. Não vou falar sobre o Tim neste post, nem sobre Lewis, quem sabe em um futuro; este, é para falar de seu novo lançamento, que deve estrear no Brasil em 23 de abril - e que nos Estados Unidos já superou a bilheteria de salas 3D de Avatar. E quem melhor para falar de seu novo filme do que o próprio Tim? Só pelas palavras de Burton já dá para entender um pouquinho de minha simpatia pelo tal. Segue abaixo um trecho de uma mesa redonda com Tim Burton, pela jornalista Fernanda Mena.

O que lhe interessou na obra de Lewis Carroll?
Burton -
As personagens. Elas estão tão arraigadas na nossa cultura, tão poderosos, que não precisei ler Carroll na infância para conhecê-los ou para saber que aquilo era fascinante.

Por que esses personagens têm tanto impacto até hoje?
Burton -
Essa é a beleza da obra de Carroll. Por mais que tenham sido feitas mil análises, "Alice no País das Maravilhas" permanece um enigma. Entrar em contato com a história é como quebrar o "Código Da Vinci"! Carroll fez algo que você não consegue penetrar via raciocínio lógico, mas que dialoga com algo profundo e subconsciente. Para mim, esse é o tipo de criação mais puro que há.

A fronteira entre sonho e realidade, muito forte em "Alice", é o território preferencial de seus filmes. Por que?
Burton -
Porque o mundo está ficando mais estranho, e não mais normal! E as pessoas continuam tentando separar realidade de fantasia, quando essa divisão está cada vez mais embaralhada por conta da internet e da TV. Para mim, fantasia sempre foi uma forma de explorar a realidade. Por isso gostei tanto de "Alice", uma história em que imagens bizarras criadas pela mente são, no fim das contas, reais e servem para lidar com questões concretas.

O quanto pôde mudar a história original?
Burton -
Existem mais de 20 versões de "Alice" que, a meu ver, sofrem do mesmo problema: são muito literais. Nunca me conectei com elas. Queria ser fiel ao legado e ao espírito dos personagens, e não à história em si. Segui meus instintos sem medo. Além do que, o material já é esquisito o suficiente! É algo tão subversivo que, se fosse feito hoje em dia, provavelmente seria banido!

Seu primeiro emprego foi na Disney. Como foi essa volta?
Burton-
É uma relação de amor e ódio. Uma hora a Disney me adora e me convida para projetos, depois me odeia e me chuta para fora [risos]. Isso já aconteceu e deve continuar.

Como foi trabalhar em 3D? É este o futuro do cinema?
Burton -
É uma ferramenta com o potencial de adicionar uma camada extra de sensações. Existe a música, a cor, o movimento... e o 3D! Mas não vai salvar o cinema. Pode acreditar que nos próximos meses será lançada uma porção de filmes 3D porcarias porque tem gente achando que basta ser 3D para ser bom. É a nova onda.

E enquanto o filme não estreia, sintam-se convidados a dar uma espiadinha no que está por vir. Sem o 3D, claro. 

Beijos e piruetas,
G.  

2 comentários:

  1. Ah, tou adorando o blog *-* todo dia abro pra ver se tem novidade , apesar de nunca comentar.
    Enfim, estou esperando por esse filme desde novembro, deve ser simplesmente fantástico *-*

    (Por que eu resolvi comentar hoje?)

    Beijo Jim :*

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  2. Sis!

    Que bom que está gostando do blog!
    Pelo menos já tem umas quatro pessoas que acompanham, olha só ^^

    Obrigado pelo post * *

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